quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

segue o link para quem quiser ver meu primeiro trabalho publicado
http://encontrosnoturnos.blogspot.com/

sábado, 5 de dezembro de 2009

Um Aviso e um pedido

A todos que estao lendo essa historia tenho um aviso a fazer, terei que adia-la por tempo indeterminado,
pois o projeto "O Último Vampiro" é extenço demais para uma primeira publicação, estarei publicando um outro livro, tao interessante até mais , de 100 paginas com o intuito de demostrar meu nome e trabalho ao mundo. Pesso que quem estava gostando de ler essa historia prestigie o meu livro que lançarei, em breve estarei postando o link onde poderão saber mais informações.
Um Abraço a todos.
Diego Alves

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sangue 8





“Oh melodia da felicidade, toque nesse meu coração partido e cure suas feridas!”




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A Canção da Meia Noite

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(Parte2)

-Pederneiras corre grande perigo Andressa, por Algum motivo várias das criaturas que caçamos estão vindo pra cá. –disse Daniel para Andressa.
Ele havia chegado derrepente depois de ter viajado emergencialmente para o Vaticano,
paladinos do mundo todo reportaram que as criaturas da noite estavam vindo para Pederneiras.
-Mas por que, como assim estão vindo para cá? –perguntou Andressa a Daniel.
-Há algo aqui nessa cidade que está as atraindo, alguma energia muito poderosa, o Vaticano não suspeitava de nada até que eu contei a eles sobre o vampiro que enfrentei, acreditam ser ele o motivo, pois há décadas acreditávamos que os vampiros estavam extintos.
-Entendo, talvez seja culpa de Atanael mesmo, pois várias coisas têm acontecido aqui na cidade.
-Atanael é? Era isso que também queria conversar com você Andressa, você conhece aquele vampiro não é mesmo?
-Bem, sim, eu já o conheço faz algumas semanas, ele me salvou de me afogar no lago perto de onde você me encontrou aquela noite, e lutou contra ele.
-Te salvou? Um vampiro? Eles não são do tipo que fariam isso, tem certeza?
-Sim, mas ele me salvou para descobrir o que acontece comigo, ele não consegue me atacar, foi o que ele disse.
-Então será que é isso que aconteceu no acidente de carro, o modo como você escapou...
-Como assim?
-Andressa, quando seu carro capotou e logo em seguida explodiu, uma luz branca surgiu em volta do seu corpo e você saiu andando de entre as chamas, era como se fosse o próprio Gabriel com sua espada flamejante lhe protegendo, só que logo após sair das chamas a luz se apagou e você caiu ao chão, foi quando aquele windigo a atacou.
-Não me lembro disso, uma luz envolta do meu corpo?
-Eu também não consigo explicar, mas quem sabe meu parceiro possa explicar.
-Parceiro?
-Sim, o Vaticano mandou um parceiro para me ajudar a descobrir o que acontece aqui, não sei quem é ele, mas em breve ele estará aqui.
E Daniel e Andressa ficaram a manha toda conversando, e não muito longe dali, na cidade vizinha a Pederneiras, uma figura misteriosa estava sentada na mesa de uma lanchonete, lendo um jornal no qual havia uma reportagem sobre os acontecimentos em Pederneiras.
Era uma mulher aparentando seus vinte e três anos, cabelos longos e negros, olhos verdes claros, usava um sobre tudo vermelho e por baixo uma blusa vermelha desfiada que lhe deixava o umbigo a mostra e uma short curto, e nas pernas uma meia calça preta.
-Pederneiras, né? Interessante. –disse essa mulher.
Então o dia se passou, e ao cair da noite Daniel foi investigar a cidade, pediu para que Andressa o levasse até a casa de Atanael, mas Andressa só o fez depois que ele prometeu que a deixaria falar e que ele não tentaria matar Atanael.
Os dois foram então a pequena casa do lago, Andressa bateu á porta, mas ninguém atendeu, mesmo após chamar verias vezes, Atanael não respondia.
Ele não esta aqui, creio eu. –disse Andressa, após eles esperarem por horas resolveram ir embora.
Estavam errados, Atanael não estava na casa, mas estava por perto observando atento, não queria se manifestar diante de Daniel queria descobrir os motivos de ele estar junto a Andressa.
Daniel e Andressa retornaram ao centro da cidade e passaram em frente ao prédio em construção, á meia noite, e ouviram a canção misteriosa.
Daniel parou o carro, O que é isso? –disse ele a Andressa, que disse que já havia ouvido essa musica na noite anterior.
-Essa musica não é normal. –disse Daniel saindo do carro e olhando para o alto do prédio.
-Também percebeu isso Daniel? – disse uma mulher que estava de pé em cima do muro, antes de pular na frente dele.
-Você? O que faz aqui Evangeline?-perguntou Daniel à misteriosa mulher, a mesma que estava na lanchonete mais cedo, na cidade vizinha.
-Horas, fui eu que o Vaticano enviou para ser sua parceira, não está feliz não Daniel?
-Feliz? Lembra da última vez que você foi minha parceira em uma missão?
-Aquilo foi sem querer, e também não importa, olha aí, seu cabelo já cresceu de novo não?-disse Evangeline dando um sorriso de inocente.
-Ah pai, Deus eterno, por que me castiga com esse fardo?
-Fardo? Fardo é você, deveria estar agradecido de ser parceiro de uma linda garota que nem eu!
E Daniel e Evangeline começaram a discutir um com o outro, Andressa ficou ali parada ao lado do carro, vendo a cena, Quem será essa daí? –pensou ela.
Quando de longe chegava o mesmo saxofonista da noite passada.
-Olá Andressa, aqui de novo? E vejo que está com amigos.
-Olá senhor Ademar, aqueles ali, bem, não são assim amigos sabe?
-Entendo, mas veio ouvir a canção do alto do prédio de novo?
-Sim, eu gostei de ouvi-la, assim como gostei de ouvir seu sax.
-Fico agradecido, mas creio que foi só aquela vez resolvi aposentar meu sax e sair da cidade.
-Porque senhor Ademar?
-Por causa daquela que canta lá em cima, aquela que nem deveria estar nesse mundo.
Ao ouvirem aquele senhor dizer aquilo, Daniel e Evangeline pararam de brigar e foram até Ademar.
-Repita isso senhor, como assim não deveria estar nesse mundo? –gritou Daniel.
-Isso mesmo meu rapaz, aquela ali em cima é minha ex-colega de trabalho e ex-namorada, ela morreu já faz um mês.
-Morreu? Mas então como ela está ali em cima do prédio? –perguntou Andressa.
-Para reaver meu amor fiz um trato com o demônio, mas o cão me enganou, trouxe Olívia de volta a mim, mas me impossibilitou de me aproximar dela. Não posso chegar a menos de vinte metros dela que ela some em névoa diante de mim.
-Um pacto com o demônio é? E o que deu em troca do seu pedido? –perguntou Evangeline.
-Nada senhorita, ele não me pediu nada, ele apenas apareceu a mim quando chorava no cemitério, e disse que poderia acabar com minha dor e trazê-la de volta.
Daniel e Evangeline se olharam, fizeram um sinal com a cabeça como se descobrissem algo, então disse Daniel:
-Esperem aqui, vou subir no topo desse prédio.
-Mas por que isso?-perguntou Andressa
-Deixe que Evangeline explique a vocês. –disse caminhando para portaria ainda sustentando o reboco da parede.
-O que ele vai fazer senhorita? –perguntou Ademar.
-Apenas conversar... –disse Evangeline.
-Obrigado por não me chamarem de louco após ouvir o que eu disse, todos me ridicularizaram quando disse ter feito um pacto com o demônio. –disse Ademar retirando seu chapéu da cabeça e agradecendo.
-Não senhor, não era o demônio que falou com você –disse Evangeline- quem lhe apareceu naquele cemitério era um humano, um detentor da morte.
-Detentor da morte? O que é isso? –perguntou Andressa.
-Detentores da morte são humanos que podem aprisionar os ceifeiros e os obrigar a obedecer-lhos, trazendo alguém que morreu a vida ou tirando a vida de alguém.
-E como sabe que é uma pessoa assim que apareceu para mim? –perguntou Ademar
-Demônios só aparecem se forem chamados, e sempre pedem a alma em troca de favores, e também cumprem com o que se é pedido, mas a maioria dos detentores da morte apenas quer brincar com as pessoas, dizem que querem movimentar a vida eterna deles.
-Vida eterna?
-Sim, como comandam um ceifeiro, nunca suas almas são ceifadas, mas há um preço a pagar, eles possuem vida eterna, não juventude eterna, já vi detentores que possuíam a pele apodrecida e corpos super enfraquecidos.
Enquanto Evangeline explicava a situação a Andressa e Ademar, Daniel subia pelas escadas até o topo do prédio, e chegando lá viu Olívia cantando aos ventos.
-Olívia, chegou o momento de descançar.
-Quem é você, não se afeta com minha canção?
-Não sou qualquer um para se iludido facilmente Olívia.
- Vejo que sim, Daniel.
-Como sabe meu nome?
-Não me reconhece porque estou com esse corpo, mas você me conhece sim Daniel, filho de Martin Hunter, um dos melhores paladinos do nosso tempo.
-Conheceu meu pai?
-Não, acontece que eu sou seu pai.



                    “Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”

domingo, 22 de novembro de 2009



Ai está o que chamo de "capa 2.0" (risos), o que acharam?


Essa imagem foi feita pelo meu colega Douglas de Jaú

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sangue 7

“O doce som da melodia que sai da boca de uma bela donzela, o doce som irresistível.”





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A Canção da Meia Noite

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(Parte 1)


O vento gelado da noite passava por toda Pederneiras, a maioria das pessoas estavam em suas casas descansando de um longo dia de trabalho em suas vidas pacatas de cidade interiorana.
Os poucos que estavam pela rua, naquela sexta feira a meia noite, puderam presenciar o que classificaram como a voz da ninfa solitária.
Era um grupo de amigos que voltavam de uma festa de aniversário, estavam passando pelo prédio em construção que havia ali na cidade, quando começaram a ouvir uma linda canção, vinda do alto do prédio.
Embora o prédio fosse alto, podia-se ouvir claramente o que a canção dizia.

Voem oh belas penas

Voem pela cidade

Encontrem meu amor

Minha felicidade


Voem penas brancas

Brancas de pureza

Vão e me tragam

A certeza

De que amar é possível

De que meu desejo

É cabível


Voem oh belas penas

Voem pela cidade

Encontrem meu amor

Minha felicidade


Penas brancas

Das asas do anjo

Que me guarda

Na noite sombria

E fria

Que me aguarda


Voem oh belas penas

Voem pela cidade

Encontrem meu amor

Minha felicidade


As penas voaram

Mas não retornaram

Meu anjo caiu

Meu amor sucumbiu


Voem oh belas penas

Voem pela cidade

Encontrem meu amor

Minha felicidade


Voem oh belas penas

Voem pela cidade

Encontrem meu amor

Minha felicidade




Os homens que estavam naquele grupo de amigos, ficaram em uma espécie de transe, não conseguiam deixar de olhar para o alto e não saiam do lugar.
O apelo de suas amigas se tornavam em vão, suas vozes não pareciam ser capazes de sobressair da voz daquela do alto do prédio.
E enquanto a canção não se cessou, eles não se moveram, após o transe foram perguntado o que aconteceu.
Todos diziam que seus corações estavam leves e a sensação de calma e tranqüilidade os havia tomado.
E toda noite após aquela, todos que passavam em frente o prédio a meia noite ouviam a mesma canção.
Até subiram no topo do prédio para tentar ver de quem era aquela voz, mas toda vez que iam até lá nada encontravam, ninguém.
Uma noite Andressa passou pelo prédio a meia noite, estava sem sono e tinha resolvido caminhar um pouco.
Fazia uma semana que ela não ia a casa de Atanael, não depois do que havia acontecido entre ele e Daniel.
E Daniel depois daquele dia havia partido, disse que devia reportar aos lideres do Vaticano sobre a existência de um vampiro, isso também aumentava as preocupações de Andressa.
Ela temia que várias pessoas viessem atrás de Atanael.
E passando pelo prédio ouviu a canção, que para ela era linda, ficou ali a ouvindo quando ela viu alguém se aproximando ao longe.
Era um senhor aparentando trinta e cinco anos, usava um terno cinza, gravata azul e um chapéu. Ele carregava uma espécie de mala, então esse senhor parou em frente a ela, segurando seu chapéu olhou para cima.
Então voltou o olhar para Andressa e disse:
- Bonita esta canção, não é madame?
- Sim muito bonita. –respondeu ela.
- Sabe quem a canta? Eu sei, minha vontade é de cantar junto dela, mas infelizmente não posso.
- Como assim senhor?-perguntou ela.
- Sabe sou um saxofonista, o que carrego nessa mala é meu precioso saxofone, o qual toco a vinte e cinco anos, eu tinha uma parceira na musica que morreu há algum tempo, e infelizmente não posso tocar meu sax junto a ela.
- Que pena senhor –respondeu Andressa- mas o que aconteceu?
- Espere, ouça, a canção parou. Gostaria que eu tocasse meu sax madame?
- Seria um prazer ouvir senhor –disse Andressa, queria passar uma noite agradável com belas musicas, pois ultimamente todas as noites lhe eram estranhas e anormais.
Então aquele senhor abriu sua mala, preparou seu saxofone, e começou a tocá-lo.
Ele era realmente bom naquilo que fazia, as tonalidades das notas e a perfeição com a qual tocava, demonstrava o quão hábil era aquele senhor, e por duas horas ele tocou para Andressa.
Após tocar, perguntou para Andressa o que ela havia achado.
- Nunca havia ouvido algo assim tão bonito, qual seu nome senhor? –perguntou ela.
- Me chamo Ademar, e você?
-Andressa.
- Foi um prazer tocar novamente a uma bela senhorita, agora tenho que ir, prazer em conhecê-la Andressa.
- O prazer é meu, queria muito ouvir seu sax novamente, o senhor toca profissionalmente em algum lugar?
- Não mais, depois que não pude mais tocar com minha parceira, não senti mais gosto em tocar meu sax, até agora.
- E como chamava sua parceira?
- Seu nome era Olívia, uma voz tão doce...
- É, deve ser triste não ouvi-la de novo não é.
- Eu a ouço toda noite senhorita, toda noite.
E após dizer isso Ademar foi embora, deixando Andressa sem entender - Toda noite? –e Andressa também foi para sua casa, com a musica misteriosa e o belo som de Ademar em sua memória.
No dia seguinte ao acordar, foi ate a sala e surpreendentemente lá estava Daniel.
-O que esta fazendo aqui Daniel?
- Fui avisado pelo Vaticano que há algo errado nesta cidade...







“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sangue 6

“Não se seduza pelas trevas, pois o caminho do pecado é a morte...”





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Vaticano

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- Vaticano? Quer dizer a igreja católica? –perguntou Andressa a Daniel.

- Sim, mas não é bem essa parte da Igreja que você está acostumada, o Vaticano tem várias ramificações que fazem vários trabalhos, desde a pregação da religião de Deus único e poderoso à eliminação do mal que caminha sobre a Terra.

Andressa não ficou muito espantada pelo que Daniel disse, pois se existem vampiros e lobisomens, era mais do que natural existir aqueles que os caçam.

Então ele deve estar aqui pelo Atanael. – pensou ela, logo após foi interrompida por Daniel.

- Mas o que uma moça faz numa estrada de terra a essa hora da noite?

- Visitando um amigo que mora no lago aqui perto, ele é um va... -interrompeu-se na hora, pois temeu se dissesse sobre Atanael ele seria caçado - varejista, isso, fui falar de negócios com ele.

Daniel olhou desconfiado, mas não fez mais perguntas, e caminhando disse:

- Vamos, meu carro está perto, te dou uma carona até a cidade.

E começaram a caminhar pela estrada, Andressa aproveitou para perguntar mais coisas para ele.

- Mas o que é um paladino?

- Chamam-se Paladinos aqueles que lutam pela honra, gloria e bondade, somos guerreiros a serviço de Deus todo poderoso, nos ungimos de sua benção para nos ajudar a erradicar o mal sobre a Terra, como já lhe disse.

- E como se vira um desses paladinos? –perguntou ela.

- Não escolhemos, é de familia, desde o surgimento da Igreja existem vinte famílias que são treinadas de geração em geração para esse, digamos, trabalho.

- Porque vinte famílias?

- Descendemos dos “Caballeros Legendários”, um grupo de vinte cavaleiros da Espanha medieval que foram os primeiros que começaram a caçar as criaturas do mal, que naquela época eram vistas como deuses,  se fortaleceram com a fé em Deus e fizeram grandes feitos, fazendo assim com que nossa amada Igreja criasse uma ramificação especializada só para isso.

- Mas existem só vinte paladinos no mundo?

- Não, lógico, somos muitos, mas todos descendem desses vinte.

- Você disse que está em treinamento, como assim?

- Nos tornamos paladinos oficiais após muitos anos de treino e se passarmos no teste de campo solo, que é nos dado quando completamos vinte e dois anos.

A conversa dos dois foi interrompida com a presença de Atanael, que apareceu derrepente na frente deles, Andressa quis perguntar por que ele estava ali, mas Daniel como não o conhecia, parou, pois viu os olhos brilhantes e prateados de Atanael.

- Se afaste moça, ele é um deles – e empurrou Andressa para trás, tirou uma tonfa de prata de sua cintura e partiu para cima de Atanael – afaste-se de nós criatura das trevas, irei eliminá-lo em nome de Deus todo poderoso! – gritou.

Daniel desferiu um golpe com a tonfa no estomago de Atanael, mas ele nada sentiu, então olhou para ele e mostrando as presas perguntou:

- Quem é você?

Ao olhar as presas, Daniel percebeu contra o que lutava.

- Um vampiro, impossível, há anos os paladinos os consideram extintos – Daniel deu um salto para trás para se afastar de Atanael – terei que ir ao máximo contra um vampiro, pois nunca lutei com um antes, nem meu mestre lutou.

Então, Daniel pegou uma outra tonfa de sua cintura, e segurando uma encostada na outra começou a recitar uma espécie de oração:

- Dios todo pudiente, conceda-me la fuerza hacia cesar con ese ser malicioso, así sea, amén!

Um vento soprou sobre ele, duas pontas se sobressaíram das extremidades das tonfas, o que Daniel não havia dito a Andressa era que os paladinos possuem a capacidade de usar a alquimia com suas orações, concedendo-lhes muitas habilidades para poder lutar contra o mal.

Cada paladino possui sua maneira de orar e conjurar esse poder, que eles dizem vir diretamente de Deus no céu, dizem até mesmo que entre eles possuem aqueles que podem conjurar anjos para ajudá-los em batalha.

- Morra ser das trevas!- gritou Daniel desferindo um golpe com as duas tonfas simultaneamente.

Atanael desviou, mas surpreendentemente com um dos braços Daniel acertou uma cotovelada no rosto de Atanael.

Ele foi arremessado a mais de vinte metros adentro do canavial. Andressa assustou com a tamanha força que Daniel demonstrou.

Mas, Atanael fez jus a fama dos vampiros, rapidamente se levantou e correu para cima de Daniel, este para se defender cravou as duas tonfas no chão e gritou Suelo alzar!, e um bloco de pedras ergueu sobre ele.

Mas não adiantou, pois Atanael desferiu um soco que destruiu a barreira e atingiu Daniel, fazendo com que ele batesse violentamente no chão.

Agora é seu fim verme!- disse Atanael e novamente Daniel recita orações. Farola de Dios! – então com sua tonfa conseguiu acertar Atanael no peito, e se pode ver que o sangue que saia de Atanael era prateado.

- Como? Como ele me feriu? Nenhuma criatura conseguiu fazer isso em tempos, e um mero humano fez? Essa “magia” que ele usa pode me ferir? – disse Atanael.

Se levantando e com um sorriso nos lábios Daniel se vangloriou:

- Gostou dessa vampiro? Aposto que nunca havia lutado contra um paladino de Deus.

- Não encha seu ego com isso, você é apenas um humano inútil, mas agora sou obrigado a revelar parte do meu poder, queria não usá-lo contra um humano, mas fazer o que... – respondeu Atanael.

E ele voou para cima de Daniel, o pegando e levando para o alto, O que ele pretende fazer? – pensou Daniel.

Atanael subiu alto com Daniel e o soltou, desferindo um chute no exato momento, arremessando ele em alta velocidade rumo ao solo.

- Cuerpo eterno!- gritou Daniel batendo ferozmente no chão, mas não teve tempo para respirar, pois Atanael havia descido junto e desferiu um grande soco em seu estomago, sem ter dado tempo para que ele dissesse alguma de suas orações.

E Daniel ficou ali caído.

- É hora do adeus, seu sangue nem compensa ser sugado, vou matar você direto. - disse Atanael.

Contudo ouviu Andressa gritar:

- Pare Atanael, pare, por que faz isso, veio aqui só para matar ele?

Ela se ajoelhou ao lado de Daniel, colocou sua cabeça sobre ele e começou a chorar.

- Eu não conheço ele senhorita, apenas senti que algo acontecia aqui e vim ver o que era, e vi você e ele, fui atacado e me defendi, simples, não ligo quem ele seja ou se você o conhece. – disse Atanael.

Então começou a caminhar, e sem olhar para traz continuou a dizer:

- Acredite, não ligo de você ficar ai a noite toda chorando em cima de um cadáver.

- Cadáver? Quem é cadáver criatura desprezível? – disse Daniel abrindo os olhos

- Ainda vivo? Você é um inseto resistente, mas quem liga, insetos são apenas insetos. Você verá quando chegar a tribulação... – disse Atanael, antes de voar para longe dali.







“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”





*para quem nao sabe tonfa é o popular "cacetete" geralmente usado por policiais

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sangue 5


“ Você acha que o passado merece lágrimas?”




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In Memorian

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Um passado de mortes e solidão, esse era o passado de Atanael, mas parecia que seu passado nada importava para ele, a morte de todos de sua raça lhe parecia tão trivial quanto a morte de um cão vadio.
Andressa queria entender aquele coração gélido demonstrado por Atanael.
- Realmente não se importa com tudo isso? Com a morte de sua familia? –perguntou ela.
Então andando até um quadro que estava na parede ao lado Atanael começou a dizer.
- Vê esta mulher nesse quadro? Essa era minha mãe, e sabe o que sinto a olhar para ela?
- Saudades? –perguntou Andressa.
- Não. –respondeu ele –Respeito, isso é o mais próximo que um vampiro pode chegar do que vocês chamam de sentimentos bons, nós respeitamos a familia, respeitamos o poder, se espera achar sentimentos em um vampiro deve saber que nada de bom virá de nossos corações.
Andressa apertando fortemente o punho foi até Atanael e o abraçou por trás, e unindo fortemente seus braços ao corpo dele.
E Atanael olhou para trás, com um olhar de indiferença:
- O que pretende conseguir com essa atitude senhorita?
Andressa respondeu:
- Não sentiu nada com esse abraço?
- Já disse que não sentimos, pois a única coisa que existe num coração de vampiro é cinzas.
Ela então se soltou de Atanael, e sentiu pena dele pela primeira vez:
- Não sentir o calor de um abraço, o amor de uma mãe, então para que existir nesse mundo?
Pegando sua bolsa, e olhando para Atanael, Andressa começou a ir em direção a porta, e esperava que ele dissesse algo.
- Estou indo embora. –disse ela, esperando alguma reação vinda dele –Não vai dizer nada?
- Espera que eu lhe peça para ficar? Disse-lhe que meu interesse em você é apenas saber o do por que nem eu e nem aqueles malditos lycans conseguem lhe atacar, em todos esses anos nunca ouvi falar de ninguém assim, se quer ir vá, tenho tempo de sobra para descobrir.
Andressa então olhou uma ultima vez para ele, e virando-se abriu a porta indo embora.
Atanael ficou olhando a porta fechada por dez minutos, até que atravessando a parede eis que apareceu um pequeno ser.
Esse ser tinha corpo de mulher a asas de borboleta, e soltava alguma espécie de pó brilhante cada bater de asas, da altura de cinqüenta centímetros aproximadamente.
Então esse ser olhou para Atanael e disse:
- Meu senhor, o que espera descobrir com essa garota?
- Apenas uma solução para a tribulação que pressinto que está chegando, mas, o que achou dela Ana Clara?
- Por que pergunta meu senhor? Sabe que nós fadas in memorian não temos a capacidade de julgar, opinar a não ser que a pessoa ou o objeto esteja relacionado ao passado daquele a que pertencemos.
- Tem razão Ana Clara, tem razão...
Fadas in memorian, assim são conhecidas, são pequenos seres iluminados que surgem quando alguém faz um grande sacrifício por amor, e após sua morte a pessoa a quem se sacrificou precisará de seus conselhos e sabedoria. Então nessa hora é que se materializa uma fada in memorian.
Uma espécie de recipiente onde se guarda as memórias e os sentimentos da pessoa que fez o sacrifício, e somente aquele ou aqueles para quem o sacrifício foi feito podem vê-las.
Atanael se sentou na poltrona, pediu a Ana clara que fizesse um espectro com a imagem de sua mãe em sua frente, ele tentava passar a mão no rosto do espectro, mas como era apenas uma luz em forma de imagens, sua mão atravessava.
- Disse tudo aquilo a Andressa, por que foi o que meu pai me ensinou, ele dizia que era assim que vampiros tinham que ser que se nosso clã soubesse que somos diferentes, seriamos mortos, pois nossa familia podia amar, podia sentir. Mãe, preciso tanto de você do meu lado.
Essa foi uma grande revelação, ele podia sentir, ele podia amar, diferentemente dos outros vampiros que existiam.
Enquanto isso Andressa estava em seu carro indo embora, mas sem perceber tinha feito algo que Atanael havia dito para não fazer.
- Que coisa! Acabei vindo pela estrada de terra, mas acho que o que ele disse não é verdade, até agora nada aconteceu, e espero que não aconteça.
Mas não foi isso que aconteceu, Andressa não sabia, mas estava prestes a acontecer algo que a envolveria definitivamente em toda essa historia.
A espreita no canavial uma criatura a observava esperando a chance de atacá-la.
Algo fez com que o carro de Andressa capotasse, e se destruísse completamente no chão, seguido com uma explosão.
Mas sem saber como, Andressa se viu a frente dos destroços do carro, mas não possuía nenhum ferimento.
O que aconteceu aqui? –pensou ela, antes de se virar e ver uma criatura horrenda de forma humana.
E a criatura começou a falar com ela com uma voz de mulher:
- Como fez isso? Como escapou?
E Andressa estava cada vez mais assustada.
- Você parece saborosa, acho que vou ter uma bela refeição! –disse a criatura, mas desta vez com voz de homem.
A criatura atacou Andressa, que começou a correr pela estrada de terra, mas a criatura era mais rápida e alcançou ela.
- Quer brincar de pegar é? –disse a criatura com voz de criança –Mas eu gosto é de brincar de comer!
E nessa hora inexplicavelmente a criatura começou a pegar fogo e gritar desesperadamente.
Fui eu que fiz isso? –pensou ela, então viu um homem com uma lata de inseticida e um isqueiro na mão.
- Essa é a única forma de matar um windigo, atirando fogo nele.
Era um homem aparentando a mesma idade que ela, vestia uma camisa de manga comprida azul por cima de uma camiseta vermelha, escrito I love Jesus, e calça jeans preta com detalhes desfiados e bolsos nas pernas.
- Quem é você? –perguntou Andressa.
O homem olhou para ela, aproximou-se e disse:
- Como aconteceu aquilo, como fez aquilo para escapar da explosão?
- Escapar, como assim? Eu fiz algo? –disse Andressa.
- Entendo... Deixa pra lá –disse o homem estendendo a mão para Andressa –vamos vou ajudá-la a levantar.
Após levantar Andressa se apresentou, e perguntou seu nome.
- Me chamo Daniel Bucker, paladino em treinamento a serviço do Vaticano, prazer.
- Paladino? Vaticano? –perguntou Andressa confusa.   









“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sangue 4

“A dor pela culpa me acompanha eternamente, mas eu não rezo pelos mortos...”







...

Um vampiro?

...







A lua brilhava intensamente atrás deles, uma brisa corria por todo o gramado, e lá estava os três, Yanaudush, Pietro e Atanael.

Pietro transformado no enorme lobisomem negro, entre Atanael e Yanaudush.

- Posso atacá-lo agora mestre? –perguntou Pietro.

- Faça-o. - respondeu Yanaudush.

Então Pietro olhou bem fundo nos olhos de Atanael, e a imagem dele se refletia claramente naqueles olhos prateados, como se fosse um espelho, e soltando um grande uivo ele se lança para cima de Atanael.

Tentando acertá-lo com suas garras, mas algo o repele e o joga direto ao chão.

E sem entender o que aconteceu Pietro novamente tenta atacá-lo e encontra o mesmo destino, o chão.

E nesse instante em que ele cai no chão, Atanael caminha em sua direção e o levanta pelo pescoço, nesse mesmo instante Pietro volta a ser um humano.

- Não sei como ainda tenta me matar tendo esses lixos como subordinados.

- Nunca pretendi que Pietro o matasse, continua arrogante como sempre rapaz.

Atanael solta Pietro no chão quase inconsciente, Yanaudush o pega e coloca no seu ombro, olha para Atanael:

- Nos encontraremos de novo rapaz, até lá...

Então vai embora saltando pelas arvores.

- Estarei esperando como sempre, mas agora devo me preparar tenho visita amanha a noite...

E no carro a caminho de casa, Andressa estava com seu corpo todo tremendo e suas mãos suavam intensamente no volante, sua atenção estava dividida entre a estrada e seus pensamentos.

“Um vampiro, como isso é possível?” estava pensando, ela queria poder entender tudo o que aconteceu naqueles instantes, confissões de assassinatos, forças sobre humanas, a capacidade de voar e ler pensamentos.

Tudo isso havia realmente acontecido a ela, se perguntava, “o que eu poderei descobrir amanhã, agora quero relaxar e dormir”, então chegou em casa.

Acordou, fez tudo o que geralmente faz de manhã, por instantes havia pensado que tudo o que houve seria apenas sonhos, mas ao se aproximar do carro na garagem viu que o pneu que havia sido trocado estava lá.

Sentou no sofá da sala e começou a por seus pensamentos em ordem, o fato de vampiros existirem era para ser aterrorizante, mas não parecia que aquilo a incomodava.

Pelo contrário, ela sentia mais vontade de se aproximar dele, mais vontade de descobrir seus segredos.

- Hoje farei perguntas a um vampiro? Bem ele não é nenhum Brad Pitt ou Tom Cruise, mas creio que poderei fazer as perguntas certas*.

Ela dizia isso, mas em seus pensamentos o que dizia era diferente, “Brincadeiras para se distrair Andressa, não se preocupa de talvez ser morta por algo que não deveria nem existir?”, era isso que pensava.

Então foi até a janela e ficou olhando para o céu, esperando que a noite viesse logo, a hora passava e ela ficava cada vez mais ansiosa.

E ao cair da noite, pegou em mãos as chaves do seu carro correu até a garagem, entrou no carro e deu a partida, parou por alguns momentos, abriu a porta da garagem e foi até a casa do lago para se encontrar com Atanael o vampiro.

Chegando lá bateu a porta e o chamou então a porta se abriu, mas não havia ninguém lá, então Andressa entrou e começou a chamar Atanael.

Então uma voz fala para ela entrar pela porta a sua esquerda, e enquanto ela caminhava até a porta deu uma olhada por toda a sala em que ela estava, quando Andressa entrou esperava uma casa mais assustadora, velha e desarrumada.

Mas a casa era completamente impecável, limpa e organizada por todos os lugares. E os moveis e objetos a lembravam as fotos de casas do século dezoito que sempre via em filmes e fotos.

E Andressa entra pela porta, atrás da porta uma sala de estar com duas poltronas em frente a uma lareira, e essa estava acesa. Sentado em uma das poltronas estava Atanael.

- Ainda bem que veio senhorita, vamos sente-se na poltrona ao lado, essa noitetemos muito a conversar.

Andressa foi e sentou-se na poltrona, e olhou para Atanael.

- Ah! Acendeu a lareira que bom, estava meio frio, achei que vocês vampiros preferissem o frio noturno.

Ele olha para Andressa, levanta da poltrona e caminha até a lareira.

- Não se engane, não sinto frio ou calor, o fogo não me faz diferença. -Atanael coloca uma de suas mãos dentro do fogo da lareira, e sua mão não se queimou.

- Veja o fogo não pode nem me ferir.

Andressa viu aquilo espantada, a mão de Atanael dentro daquele fogo e nada acontecendo, então ela pediu para poder segurar sua mão, a mão de Atanael era gélida como se estivesse segurando a mão de um cadáver.

- Então é verdade, vampiros existem. E em quantos vocês são, onde estão os outros vampiros?

Atanael então virou-se para a lareira, se apoiou com um dos braços na parede.

- Não existem outros, não mais.

Andressa se levantou e caminhou até o lado dele.

- Como assim, não existem outros? Como é possível apenas existir você Atanael?

Atanael olhou para as chamas na lareira e ao mesmo tempo que começou a contar sua historia a Andressa, ele a via em meio o fogo.

- Éramos muitos, isso foi há uns seiscentos anos, estávamos espalhados pelo mundo, cada região tinha seus grupos, cada grupo era dividido em clãs.


Vivíamos em uma sociedade organizada, embora alguns clãs insistissem em ser rebeldes e assassinos outros acreditavam que encontrariam uma maneira passifica para conviver com os humanos.


E assim vivemos por muitos anos, em guerra entre nós e entre as outras criaturas que reinam a noite.


Lycans, selvagens, orcs e muitas outras “espécies”, todos eles nos odiavam, os vampiros, diziam que colocávamos eles em perigo, pois tentar conviver em sociedade com os humanos poderia expor todo o nosso mundo.


Mas era uma desculpa que foi logo descoberta, o que eles temiam mesmo era a nossa capacidade de evoluir, a nossa capacidade de ficarmos cada vez mais fortes.


Pois fora nós os vampiros, apenas os lycans que possuíam a inteligência e a capacidade para fazer isso.


E parece que os lycans envenenavam as mentes das outras criaturas contra nós, até o dia em que a grande guerra aconteceu.


Um por um os grupos iam sendo atacados, um por um os clãs iam sendo mortos, resistimos bravamente por cem anos.


Eu era bem mais jovem na época em que minha familia foi atacada, vi meu pai lutar sozinho contra dois lycans para nos proteger, vi também que tinha sido em vão, as forças deles era maior.


Minha mãe então me levou ao porão, e me disse que cuidaria de mim, que não deixaria que me matassem.


Então saiu e trancou a porta. Só lembro de uma grande luz, depois disso acordei no meio dos escombros do que antes eu chamava de casa, e mais nada havia ali, nem meus pais nem nossos inimigos.


Era quase hora de o sol nascer, então corri para me esconder de seus raios.


Quando a noite voltou, fui até onde os vampiros do meu clã se reuniam, e nada havia lá também, comecei a ir em todos os lugares que conhecia para tentar encontrar algum de nós vivo.


Mas nada.


E um dia querendo me vingar e morrer, invadi uma toca de lycans, se levasse um comigo para morte estaria satisfeito, mas aconteceu outra coisa inexplicável aconteceu.


Fui atacado e jogado ao chão e acabei desmaiando, e novamente ao acordar tudo estava destruído, e nenhum dos lycans vivo.


E foi assim por cinqüenta anos, andei o mundo procurando algum vampiro vivo, e não conseguia encontrar nada, descobri que esse era o plano dos lycans, extinguir os vampiros da face da terra.


Mas não conseguia explicar por que eu ainda continuava vivo, e cansado de procurar pelo mundo, resolvi passar o resto dos meus dias aqui nesta casa.-

Andressa colocou a mão no ombro de Atanael.

- Você deve ter chorado muito, por estar tão só e ter perdido assim sua familia.

Atanael riu, e olhou para ela.

- Nós vampiros não choramos senhorita...









“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

uma imagem que fiz para o video


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sangue 3

“A morte me veio ao anoitecer, e na manhã seguinte ela se foi, mas eu não fui levado...”


...
Reencontro
...


Andressa começou a dirigir o mais rápido que conseguia com seu carro, pois ansiava o momento de reencontrar Atanael para saber mais sobre ele.


Foi quando seu carro perdeu o controle e fez com que Andressa derrapasse para o acostamento.

- Mas por que isso agora! –disse ela saindo do carro e com muita raiva batendo sua porta.

Frustrada pela situação começa a chutar um dos pneus do carro quando percebe que um deles está murcho, e examinando o pneu viu que algo o havia perfurado. Era uma pequena lâmina de metal de cinco centímetros.

- Mas o que é isso? –pensou.

E observando das árvores que existiam ali perto estavam duas misteriosas figuras, Yanaudush e Pietro.

- Meu senhor porque fez isso? Não havia dito que era preciso o encontro dela com aquele que viemos caçar? –disse Pietro.

- Calma Pietro, sabe que se ela fosse agora para vê-lo não conseguiria, pois o sol ainda está em seu auge, e sabemos que ele não sai ao sol. Isso faria com que ela fosse embora sem encontrá-lo. –respondeu Yanaudush.

E ao lado do carro Andressa resolve continuar a pé, pois nem mesmo aquele pneu furado a faria desistir de saciar sua curiosidade.

E como era esperado por aqueles dois estranhos homens, Andressa chegou ao lago no inicio da noite, minutos após o sol se por.

E a noite era uma noite clara, e Andressa lembrou que havia visto no calendário que esse dia era o primórdio da lua cheia, quando a lua estaria no seu mais belo iluminar, igual havia visto em seus sonhos.

“Era por isso que havia sonhado com a lua cheia, pois havia visto isso no calendário?”, pensou ela.

E se aproximando da casa do lago olhou para o telhado e lá estava Atanael de pé olhando para o céu e aquela imensa lua á suas costas.

Andressa olhou aquilo estupefata “É ainda mais bonito que em meus sonhos...”, e começou a andar em direção a casa.

Atanel olhou para baixo em direção a Andressa e disse:

- Bonito luar, não? Sabia senhorita que a lua cheia é o maior espetáculo da natureza, é quando a noite torna-se como o dia, claro, mas com a beleza da luz prateada que cobre toda superfície.

- Suas palavras ao mesmo tempo que belas, são tão tristes, você me intriga Atanael. –disse Andressa.

Quando surpreendentemente Atanel salta de cima do telhado e fica na frente de Andressa.

- Como você fez isso?

- Eu te intrigo? Realmente não compreende o que realmente é intrigante nessa historia toda senhorita, veio até mim querendo saciar-se de sua curiosidade, mas mal sabe que eu que a esperava, para saciar a minha.

Atanael aproximou seu rosto ao dela e aqueles olhos prateados brilharam como a luz da lua e Andressa ficou com medo daquelas palavras.

- O que é isso Atanael, por que seus olhos são prateados, como assim você me esperava?

- Disse que sentia tristeza em minhas palavras, até que você tem razão, pois fui condenado a viver nas trevas desse mundo e me alimentar de suas cinzas.

Atanael disse isso caminhando em volta dela, e ela não entendia aquelas palavras, o que ele queria dizer com viver nas trevas e se alimentar das cinzas, então Atanael continuou.

- Senhorita, acredite é a primeira a se encontrar face a face comigo em anos e continuar viva, algo em você me impede de matá-la, nunca havia sentido algo assim.

- Me matar? –disse Andressa assustada –Por que me matar? Você é algum tipo de assassino?

- Muitos dizem que sim, mas senhorita não me interprete mal, assim como é da natureza do leão alimentar-se de animais, também é de minha natureza alimentar-me de sangue.

- Sangue? Você está me assustando, acho que não foi uma boa idéia vir aqui, vou embora.

- Embora? Acredita que poderá ir daqui? –disse Atanael mostrando suas presas a Andressa.

Ela sai correndo assustada, mas não adianta, pois em apenas um salto Atanael a alcança e a derruba, e ela começa a gritar.

- Não me mate Atanael, por favor!

- Matá-la, já disse que não consigo fazer isso, eu só quero entender do por quê?

Atanael a solta e fica sentado ao seu lado, ela também senta, ainda com medo pergunta a ele:

- O que é você Atanael?

- Sou o que vocês geralmente chamam de vampiro, um ser que precisa de sangue para se alimentar.

- Sangue? Mas sangue humano?

- Sim, unicamente de sangue humano...

Aquilo deixou Andressa com receio, pois estava conversando com um assassino.

- Mas então você já matou?

Atanael olhou para Andressa e acenou um “sim” com a cabeça:

- Mas acredite, o gosto de sangue é o pior que se pode provar, pois junto a ele vem o gosto da morte e assim tem sido por toda minha vida, me alimento de algo que é insípido ao meu paladar e nunca podendo parar.

- Mas você se arrepende de fazer tais coisas?

Com um sorriso de canto de boca Andressa recebe a seguinte resposta:

- Não...

E os dois ficam em silêncio.

- Já sei Atanael. –disse ela -Quero saber mais sobre você e você sobre mim, por alguma razão que desconheço, então façamos o seguinte, amanha a noite nos encontramos de novo para cada um poder perguntar coisas sobre o outro.

- Então tudo bem, eu a levarei ate seu carro na estrada.

- Como você...

- Deixe essa pergunta para amanhã.

Atanael colocou Andressa em suas costas e incrivelmente saltou e voou com ela, e para ela aquilo foi espetacular.

Poder sentir o vento noturno, ver todo o bosque, e também gostou de estar agarrada a Atanael, então rapidamente chegaram ao carro.

- Aqui estamos senhorita, e sobre aquela lamina que perfurou seu pneu posso vê-la?

Andressa deu a lâmina a ele e percebeu que isso o havia deixado com uma cara zangada, mas decidiu não perguntar sobre isso.

- Mas Atanael, não posso ir, pois não tenho estepe para trocar o pneu.

- Espere...

Atanael voou novamente, e ela não sabia aonde, após alguns minutos Atanael voltou com um pneu em mãos.

- Onde conseguiu isso?

- Um carro que estava passando.

- Melhor nem saber o que aconteceu com o carro...

E após trocado pneu os dois se despediram e Andressa partiu.

Atanael pegou novamente aquela lâmina em mãos e após olhar gritou:

- Yanaudush! Sei que está ai, apareça!

E das arvores surge Yanaudush e Pietro.

- Hum, vejo que ainda não se esqueceu de mim jovem Atanael, saudades?

- O que está fazendo aqui? Achei que não voltaria mais a me incomodar depois do que aconteceu na ultima vez.

- Não estou aqui por você Atanael, estou aqui pela garota, creio que já percebeu que você não consegue fazer nenhum mal a ela não é mesmo?

- E isso é por algo que vocês fizeram?

- Não, queríamos arranjar um jeito de fazer isso, mas não fomos nós, acredite descobrimos isso após um dos nossos tentar atacá-la, ele não conseguiu, algo o impediu de se aproximar, então desde então estivemos observando essa garota, e não imagina a nossa surpresa ao vê-la conhecendo você e depois vendo que também não podia atacá-la.

- E o que planejam fazer com ela?

- Quer realmente saber? Terá que me matar...

- Posso providenciar isso.

Neste momento Pietro se transformou no enorme lobo negro e pulou sobre Yanaudush atacando Atanael, que se esquivou.

- Então optaram por essa alternativa?













“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”

sábado, 10 de outubro de 2009

primeiro trailler do livro confiram

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sangue 2

“E na noite da transformação, disse-lhe não, a ira foi tão grande que gerou uma maldição de mesma intensidade”.





...
Atração
...





Andressa adormeceu naquela noite, aflita e desamparada pelo fim de seu relacionamento e pelo fato de ter tentado se matar.


Mas seus sonhos não foram com Davi ou Diana, sonhou com o lago, no sonho ela estava ali de pé em frente ao lago, e as águas do lago estavam brilhantes como se milhões de luzes minúsculas estivessem espalhadas em toda sua extensão,


E uma voz que vinha do lago dizia suavemente “Vêm!” e Andressa respondia “Não, não quero morrer!”, e quanto mais dizia não, mais aquela voz dizia para ir.


Então Andressa decidiu sair correndo, mas não conseguia sair do lugar:


- Por que não consigo correr para longe daqui? –disse ela.


Então derrepente olhou ao redor e viu que não estava nas margens do lago e sim dentro dele, e afundando.


“Não consegue correr, pois não há como fazê-lo, já esta coberta por minhas águas”, disse uma voz impossível de se saber de onde vinha, e Andressa desesperada começou a se debater e gritar “Quero viver!”.


E cansada de lutar sem resultados parou e se entregou as águas do lago, então alguém a puxou pelos ombros, virando-a em sua direção e era Atanael.


- É você de novo, me salvando uma segunda vez? –perguntou Andressa.


- Nunca precisei lhe salvar senhorita, veja por si mesma que não há alguém nesse mundo mortal capaz de lhe fazer mal, nem mesmo as águas desse lago podem fazer com que deixe de respirar.


E ouvindo isso percebeu que não estava se afogando, nem afundando no lago, e sim estava sob suas águas como se estivesse flutuando, e para seu espanto respirando.


- Como isso é possível? Um ser humano é incapaz de respirar debaixo da água!


- Mas quem disse que estamos debaixo da água senhorita?- disse Atanael.


E Andressa espantou-se ao ver que estavam na torre da catedral central da igreja católica na praça conhecida em Pederneiras como “praça da matriz”, e de lá podia ver toda a cidade, e a noite completamente clara com uma enorme lua á sua frente.


- Como viemos parar aqui, Atanael?


- Queria que visse como a cidade em que você mora é bonita, e como a vida nela pode ser boa. –respondeu ele.


- Não discordo de você, mas isso são apenas sonhos de uma adolescente que acredita em amor verdadeiro e todos aqueles contos de fadas, a vida em si é repleta de tragédia e violência.


- Mas senhorita, tragédias tem seu lado poético, depois de uma grande tragédia vem a força para se reconstruir a vida, vocês tem o dom de viver e jogam isso fora como se não fosse nada.


Atanael aproximou-se de Andressa, quase encostando seu rosto ao dela, e ela olhou para os olhos dele e pode confirmar aquilo que tinha visto, seus olhos eram prateados, e tão brilhantes como aquela noite.


- Seus olhos, eles são prateados...


- É o reflexo da lua, senhorita acredita que vida é assim tão insignificante, está disposta a se livrar dela, pois se não a quer sei quem vai querer...


- Como assim? –perguntou Andressa sem estender.


Foi quando que derrepente ela se viu no meio do bosque da cidade, e começou a caminhar para encontrar uma saída, e então ouviu gritos de uma mulher, e correu para ver o que estava acontecendo.


E viu uma mulher sendo perseguida por um enorme lobo negro, que andava sobre suas patas traseiras, e esse lobo acertou essa mulher com suas garras derrubando-a.


E logo em seguida transformando-se em um homem, e esse homem estava nu, aquele homem caminhou em direção a mulher abatida, e a levantou pelos cabelos.


Olhando tudo aquilo aterrorizada, e sem poder fazer nada, Andressa ajoelhou e se escondeu num canto para que aquela fera não a visse.


Mas antes disso pode ver, o homem em que o lobo havia se transformado, arrancou o coração daquela mulher com as próprias mãos e logo em seguida o engoliu.


E novamente transformou-se naquele enorme lobo negro e correu para longe dali.


Nesse momento Andressa acordou, estava ofegante e suada, e não acreditava no sonho em que acabou de ter.


Levantou-se, e colocando sua pantufa caminhou até a televisão e a ligou, era um hábito que tinha, fazia isso todas as manhãs, pois o som da televisão a ajudava despertar, então se dirigiu ao chuveiro para tomar um banho.


E enquanto estava no banho a repórter do noticiário da manhã começou a dizer:


- E mais uma morte misteriosa ocorreu na cidade de Pederneiras, só que dessa vez ao contrario das ultimas doze mortes registradas desde o inicio do ano, a vitima está com parte do seu ombro esquerdo mutilada, e em vez de seu sangue ter sido drenado como as outras vitimas dessa vez o seu coração foi arrancado. A policia local novamente não sabe quem ou o que cometeu esse crime, autoridades internacionais se ofereceram para ajudar nas investigações...


E enquanto a repórter falava foi mostrada no ar a foto da garota morta, mas como Andressa estava no banho não pode ver que era a garota que havia aparecido em seus sonhos sendo morta pelo enorme lobo negro.


E se tivesse saído do banho dois minutos mais cedo teria visto ao menos que reportaram mais uma morte na cidade.


Por não saber que o que sonhou realmente havia acontecido, saiu de sua casa para procurar emprego, calma e sem preocupações.


Isso era o que mais a deixava com duvidas, pois a apenas um dia seu coração doía tanto pela traição mas agora não, a dor havia ido embora e nem ao menos ligava para a traição que seu antigo noivo havia feito.


Pois o que passava por sua cabeça, era o sentimento de curiosidade, de saber mais sobre aquele rapaz que havia salvado sua vida, os olhos prateados, que nem sabia se realmente tinha visto ou era coisa da cabeça dela.


E a curiosidade chegou ao ponto de fazê-la se distrair facilmente.


Ocorreu numa entrevista de emprego, enquanto estava sentada começou a sonhar acordada, via-se em cima do único prédio em construção que havia em Pederneiras, era uma noite clara de lua cheia igual a do outro sonho.


E Atanael vindo em sua direção lhe entregou uma rosa vermelha, Andressa agradeceu e levou a rosa ao nariz para cheirar, e a rosa virou sangue em suas mãos e olhou para Atanael, viu que sua boca e dentes também estavam cobertos de sangue.


Atanael então virou um enorme lobo cinzento e Andressa gritou enquanto o lobo dizia “senhorita, senhorita”.


E então acordou com o entrevistador a chamando “Senhorita, senhorita, você esta bem?”.


E mais envergonhada do que assustada, Andressa se retirou daquela sala de entrevistas, a vontade de voltar a ver Atanael crescia.


Então resolveu ir até o lago para ver se encontrava Atanael.


E ela nem havia percebido, que no momento que entrou no carro estava sendo observada.


Era o homem em que o lobo negro havia se transformado em seus sonhos. Ele estava a observando, então ele olhou para trás e disse:


- Vamos atrás dela, mestre Yanaudush?


Então um homem levantou do chão, estava usando um sobre tudo azul-escuro, cabelos compridos e um olhar assustador em seu semblante.


- Não Pietro, deve aguardar, pois é de estrema importância que essa garota vá até ele...



















“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”


domingo, 4 de outubro de 2009

Quer saber o que significa essa frase?

sábado, 3 de outubro de 2009

Sinopse

O Último vampiro
A Rosa Prateada


Um projeto que estou começando, leiam e opinem, pois pretendo divulgar para todos os fas do genero, ou mesmo aqueles que curtam uma boa historia
Sinopse:
Os vampiros não existem mais  no mundo.è o que todas as criaturas que se escondem nas trevas acreditam.
Todos foram caçados e mortos, porém um sobreviveu, um ultimo vampiro, que vive numa cidade no interior.
A ordem neste mundo obscuro é caçá-lo e matá-lo,  dizem que uma mágica especial o proteje , e todos que tentaram o matar  falharam.
 E Andressa sem saber de nada, acaba se envolvendo em toda essa historia, depois de conhecer Atanael.
O que Andressa fará ao descobrir, e qual é a relação da rosa prateada e a imortalidade de Atanael, o ultimo vampiro?
Ai gente se gostarem divulguem para os amigos, se nao gostarem divulgue para os inimigos (risos)
vou fazer o possivel pra postar rapido os outros capitulos, pois essa história ainda tem muitas emoçoes e aventuras.
link da comunidade do orkut, participem:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=94821907

O Último Vampiro: A Rosa Prateada

Sangue 1



“Não olhe diretamente, pois se ele vos encantar, não poderá fugir jamais...”



 casa do lago




- A cidade de Pederneiras localizada no interior de São Paulo, Brasil, vem sendo aterrorizada com inúmeras mortes que acontecem aqui ultimamente, e essas mortes já viraram matérias internacionais pelo fato das vitimas estarem com todo o sangue do corpo sugado. E o que deixa as coisas ainda mais estranhas é o jeito que elas são encontradas depois de mortas, sentadas no chão e com o braço cruzado sobre o dorso...



Foi o que uma repórter do noticiário local falava no instante em que Andressa saia de casa, ela ia a seu trabalho pedir demissão, pois não conseguia mais encarar sua melhor amiga e colega de trabalho.


Em sua cabeça se passavam tantas coisas, que aquela matéria que havia tendo destaque na imprensa em todo mundo não fazia a mínima importância para ela, mesmo pelo fato de todas as mortes estarem acontecendo na cidade em que morava.


Pois ela havia tido uma grande decepção amorosa, seu noivo havia traído ela com a sua melhor amiga que se chamava Diana.


- Por que comigo? Davi por que você foi tão cafajeste, o que aconteceu com todo o amor que você jurava para mim? –perguntava ela aos ventos enquanto abria seu carro e entrava nele.


Do que importava aquelas mortes se seu coração havia morrido, Andressa não sabia o que fazer da vida agora, pois Davi era sua vida, por ele que ela havia dedicado seus últimos três anos.


Andressa trabalhava como professora de natação numa academia, e chegando lá encontrou sua amiga na porta esperando:


- Andressa preciso falar com você... - disse sua amiga.


- Falar o que? De como acabou com a minha vida? Você era minha melhor amiga Diana, por que você fez isso?


- Não pude fazer nada, ele insistiu tanto que acabei cedendo.


- Todos esses um ano em que vocês tinham um caso? Não me venha com essas desculpas sua falsa!


- Espere, não deixe isso acabar com nossa amizade Andressa, eu também vi o quanto era errado e não estou mais vendo ele, o Davi já não existe mais na minha vida.


- Acredite Diana, na minha também, agora será o mesmo com você, nunca mais dirija a palavra a mim porque eu farei o mesmo. Vou apagar vocês dois da minha vida e pedirei demissão desse emprego para nunca mais ter que ver sua cara de traidora novamente.


E foi exatamente isso que Andressa fez, logo após de pedir demissão, resolveu ir até o lago da cidade para ver se conseguia refrescar a cabeça.


O lago era conhecido por todos em Pederneiras como “Lago do Nunca”, pois ele havia sido interditado pela prefeitura pelos afogamentos que ali aconteciam, e era o motivo de muitas lendas urbanas em Pederneiras.


Andressa sempre ia ao estaleiro que tinha lá para pensar na vida, era o único lugar em que ela conseguia acalmar suas magoas e frustrações, “mas será que seria o suficiente para poder se esquecer de Davi, Diana e tudo que havia acontecido”, ficou pensando.


E ali na beira daquele estaleiro teve a pior idéia de sua vida, se jogou na esperança do lago levar sua vida, e livrá-la daquele sofrimento:


“Águas geladas e escuras, me confortem, façam meu coração que dói tanto parar, lago seja meu amigo levando embora minha vida que já não mais brilha...”, recitou em pensamento enquanto afundava.


Foi quando viu um rapaz nadando em sua direção e agarrando-a, esse rapaz a levou de volta a superfície salvando sua vida.


E ela ficou ali deitada às margens do lago, com falta de ar e muito frio, e olhou para o lado e viu aquele rapaz de pé a seu lado. Um rapaz aparentando vinte e cinco anos, cabelos negros até a altura do queixo, vestindo calça jeans preta e camisa branca.


Aquele rapaz ficava lá olhando para ela, parado, até que disse:


- Não está muito tarde para nadar senhorita? E não sabe que é proibido nadar aqui?


Com vergonha de dizer a ele que ela queria se matar, disse:


- Estava com calor, e também não sabia que era perigoso, por isso pulei na água.


- De vestido?


Nessa hora Andressa não sabia o que dizer, e apenas ficou olhando para ele. Quando aquele rapaz se abaixou olhou ela bem nos olhos e disse:


- Eu sei que não foi para se refrescar do calor que você pulou no lago, e sei também que não quer dizer nada, pois está envergonhada, mas não se preocupe, pois de mim ninguém ficará sabendo.


- Obrigada, sabe é tanta coisa, mas não estou a fim de comentá-las desculpe...


- Não precisa, só peço que saia dessas redondezas, pois já anoiteceu, sabe, andam acontecendo assassinatos por aqui e não é bom uma moça ficar andando por ai.


- Mas e você?


- Eu sei me cuidar, e também moro aqui há tempos, conheço bem o local.


- Mora aqui? Mas as primeiras casas são a uns cinco kilometros daqui, a não ser por essa casa abandonada que tem aqui no lago.


- Pois não está tão abandonada assim. -disse ele


Foi quando se ouviu um grande uivo que vinha da direção do bosque que cercava o lago, então aquele rapaz levantou Andressa.


- Melhor você ir agora senhorita, pegue seu carro e vai pela rodovia, por favor, evite a estrada de terra.


- Espere, nem sei seu nome...


- Me chamo Atanael, agora vai.


- Tudo bem, e obrigada por evitar que eu fizesse uma besteira.


Atanael acenou com a cabeça concordando, e ela entrou no carro, mas quando se virou para se despedir de Atanael não o viu mais. Então foi embora pela rodovia, e tudo que aconteceu naquele lago passava por sua cabeça.


- Espera um pouco. –falou para si mesma-É impressão minha, ou os olhos daquele cara eram prateados?






“Sentirás um agradável sentimento no sonho desta noite...”